16 de dezembro de 2006

Eu gosto!

É, eu quase esqueci de um detalhe técnico a respeito dos meus conhecidos leitores: eles não gostam/entendem de poesia. Ou ainda eu fui tão aleatório na minha escrita que eles se assustaram e nem quiseram comentar o que eu escrevi. Mas faz parte, melhor do que receber um singelo "é, é bonitinho", fazendo alusão ao meu primeiro texto nesse espaço.

Mas demos uma guinada no assunto e tomemos o caminho do assunto da crônica de hoje: gostos. Paro para pensar por uns dez minutos e já consigo listar uma infinidade de coisas que eu gosto e formam a existência do ser que escreve aqui. Digo isso porque podemos descrever uma pessoa fisicamente, mas o que complementa o ser de uma pessoa é o conjunto de idéias que ela possue e, finalmente, o que ela gosta e desgosta. Ai veio a pergunta "então, quem é João, pelos seus gostos?". Eis aqui uma breve tentativa de enumerar gostos pelos quais eu gostaria de ser lembrado:

Antes de mais nada, café. Não que seja a substância mais fundamental para mim, mas é a que inspirou essa crônica. O café é o melhor amigo do atrasado, pois quem precisa passar noites em claro, precisa beber café. A longo prazo, a ingestão excessiva de café deve fazer uns males horríveis, mas é a melhor solução imediatista para o pseudo-ganho de tempo. Fora o fato de que quando quer se curtir ou dar uma ajuda ao estômago que digere um farto almoço, um café vem como uma luva para uma mão para os adoradores da cultura paulista.

Escrever é outra tara e necessidade fisiológica que eu tenho. Não é blasfemar na frente do computador, é reunir um conjunto de idéias e falar "vou fazer arte com isso aqui". Mostrar idéias e propor novas estéticas, discussões é como um todo meu objetivo, principalmente nessa era monossilábica da comunicação humana. Escrevo para não me massificar e de quebra mostrar um pouco do que sou feito. Enfim, isso por si só já é outra crônica.

Outra coisa que apenas os que viram minha manifestação física sabem: adereços para cabeça. Vai muito de acordo com a minha personalidade no momento, mas não dispenso a minha conhecida boina. Desde 2001 com ela na cabeça, só troquei ela em raras vezes por uma bandana (que embora eu goste, meu cabelo não tem a mesma opinião) e um desejado chapéu panamá (o qual comprarei algum dia que tiver uma roupa daqueles sambistas de épocas ancestrais). Já pensei em algumas vezes por algum piercing, brinco, ou coisa que o valha, mas essa idéia é regularmente frustrada.

Dar uma boa risada é coisa que eu não dispenso também. Fazer os outros rirem também. Até comento que na verdade sou um comediante frustrado, assim como muitas outras profissões que deixei de ser desde que me embrenhei no mundo da computação. Mais do que rir, fazer dar risada é algo maravilhoso, principalmente para aquele seu colega jururu de mal com a vida. Fora que não há melhor cartão de visita do que uma piada inteligente, que te põe pau-a-pau com a pessoa apresentada e dá um aspecto de intimidade com a maioria das pessoas.

Para concluir: arte. Discutir a importância da arte para mim é algo muito complicado, porque tudo que eu citei anteriormente nesse texto tem ligação íntima e direta com a arte. Arte é o subjetivo, arte é o inexplicável, arte é algo que nos dá o título de seres humanos, é onde a nossa capacidade de raciocínio é colocada a prova. A arte é uma coisa muito mínima que está presente em cada canto da vida e merece ser contemplada, como se fosse uma metáfora para a vida. E de todas as artes, poucas são aquelas que se comparem com a arte do gostar, porque é preciso muita sensibilidade com o mundo para poder eleger aquilo que forma a obra-prima do mundo: o ser humano.

3 comentários:

rosie disse...

hmm João! Não foi por não gostar de poesia ou por não entende-la que seu último post não foi comentado por minha pessoa! Na verdade, eu sempre esqueço de entrar aqui (isso é uma confissão) por dois motivos: o primeiro, porque achei que fazia parte das regras do jogo que seu blog não fosse linkado à minha lista de blogs.. e minhas visitas aos blogs partem daquela lista; o segundo, é que essas visitas que antes fazia com tanta frequência, estão cada vez mais esparsas, mesmo com as férias, porque todo mundo está abandonando esse mundo bloguístico, e é bastante frustrante entrar em uma porção de blogs e não ver nada de novo escrito...
Ahh, mil desculpas João!!!
Li sua poesia e achei muuuuuito boa!!! Não tenho repertório nem capacidade para analisá-la e dar esse parecer técnico que vc gostaria... Até porque, tenho que confessar também, sou uma leitora muito mais de prosa do que de poesia. Adoooro poesia mas só consigo dividi-la em dois grupos: as que gosto e as que não gosto! =PPPP Hmm... mas vou colocar a leitura de mais poesias entre minhas metas de engrandecimento de alma, a começar por aquela obra completa do ferreira gullar!! (aliás, vi uma outra edição no shopping.... em 3 ou 4 volumes! pena que falta capital para investir nisso..hahaha)
Mas gostei mesmo da sua.. do ritmo, não sei.. e da originalidade. Deu pra sentir o quanto vc evoluiu como poeta (lembro um pouco dos sonetos que vc postava no blog antigo... sem desmerecer os sonetos... mas essa poesia tem um grau mto maior de complexidade e tal).

Bom, quanto aos gostos... eu gostaria de gostar de café, só porque acho muito chique essas pessoas que saem pra tomar café e conversar no centro ou que andam pelas ruas de New York com seus copos de café, correndo para não perderem a hora. Mas ainda sou muito infantil e prefiro conversar tomando um Ovomaltine! ahahha!
Hmm mas realmente, gostos dizem muito sobre as pessoas né... eu nem sei direito do que gosto e desgosto... e isso já diz o quão confusa eu sou! hahaha!
Eitaa to só enrolando aqui! Acho que o blogger nem vai aceitar esse meu comentário de tão grande que ele está...
E acho que ele pouco acrescentou no debate.. mas só para dizer que passei por aqui e que sempre que lembro, leio tudo o que é postado! =PPP
Bjuus João!! E quando tiver de férias avisa pra gente tomar um milk shake e conversar!! hehehe! (Tá, pode ser café se vc preferir!)

Helô disse...

Merda, não tem como desse jeito, eu comento e o blogger apaga!

O q eu tinha dito é que as vezes deixo de comentar um texto p. nao querer estraga-lo com um comentario idiota, vc entende?

Depois eu fiz uma piadinha idiota, que agora nem tem graça repetir...

Bjs

Anônimo disse...

Não comentei nem o poema nem este texto por pura falta de tempo.